sábado, 2 de janeiro de 2016



PROJETO LABORARTE DA SEMED-AJU: CONTRIBUINDO NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE ARACAJU, ATRAVÉS DO ENSINO DA ARTE.





RESUMO

Este artigo tem como objeto de estudo tratar sobre o Projeto Laborarte como proposta de aula-extracurricular de artes. Dessa forma, se faz necessário a implantação de oficinas de arte que atendam as necessidades de alunos da rede pública de ensino de Aracaju-SE. Como atividade extracurricular, dentro desta perspectiva o trabalho promove o projeto laborarte nas instituições públicas de ensino do município de Aracaju. E certifica que as atividades do Laborarte contribuem sim, para formação de um cidadão autônomo através do ensino das artes cênicas. A pesquisa foi realizada com referência bibliográfica e por meio estudo de caso.


Palavras-chave: Laborarte, Projeto.

ABSTRACT

This article focuses on the study comes Laborarte Project as proposed class-extracurricular arts. Thus, the deployment of art workshops that meet the needs of students in public schools as extracurricular activity is necessary. Within this perspective work laborarte project promotes public educational institution in the city of Aracaju and ensure that the activities of Laborarte contribute to formation of an autonomous citizen through the performing arts. The survey was conducted with bibliographical references and through case study.

Keywords: Laborarte, Project.



1. INTRODUÇÃO


Este artigo tem como objeto de estudo o Projeto Laborarte de Aracaju-SE, que forma cidadão através da arte, ou seja, o projeto promove cidadania com os alunos da rede municipal de ensino de Aracaju. As escolas atualmente tem uma gestão democrática em que todos participam da formação dos estudantes, denomina-se uma gestão democrática. Conforme  CURY (2002,  p. 165) “A gestão, dentro de tais parâmetros, é a geração de um novo modo de administrar uma realidade e é, em si mesma, democrática já que se traduz pela comunicação, pelo envolvimento coletivo e pelo diálogo.”
Ao passo que O Projeto Laborarte apresenta o resultado das oficinas de arte, percebe a necessidade de implantar nas instituições de ensino como uma atividade extracurricular, pois estas atividades ajudaram na construção de cidadão autônomo. Desse modo abre diversas possibilidades de crescimento pessoal que poderão ser realizadas em decorrência das práticas desenvolvidas num projeto de artes.
O propósito trabalho é analisar o Projeto Laborarte como aula extra curricular de artes que será subsidio para formação da cidadania dos alunos da rede municipal de Aracaju, com isso pretendo divulgar o projeto nas escolas da rede municipal de ensino da Aracaju. Dentro desta perspectiva podem-se verificar as atividades promovidas pelo Projeto Laborarte como construção de aluno autônomo e desenvolver trabalhos artísticos como forma de expressão pessoal. De acordo com os parâmetros

A arte é um modo privilegiado de conhecimento e aproximação entre indivíduos de culturas distintas, pois favorece o reconhecimento de semelhanças e diferenças expressas nos produtos artísticos e concepções estáticas,num plano que vai além do discurso verbal: uma criança da cidade, ao observar uma dança indígena, estabelece um contato com o índio que pode revelar mais sobre o valor e a extensão de seu universo do que uma explanação sobre a função do rito nas comunidades indígenas. E vice-versa. (BRASIL, ano, p. 45)


Recomenda-se este artigo para os profissionais da área artística e educacional, embora seja importante que todos que têm objetivo de educar possam ter acesso a esta leitura para contribuir na preparação das aulas ou na própria formação acadêmica.
O artigo está dividido em três partes: na primeira relatará breve histórico do Projeto Laborarte, enquanto no segundo o projeto como laboratório da cidadania e por último o resultado das oficinas de artes como expressão pessoal. Esta pesquisa foi realizada por meio de referência bibliográfica (site, livros,...) e as próprias oficinas de artes.


2. BREVE HISTÓRICO DO PROJETO LABORARTE

O Projeto Laborarte para escolas públicas municipais de Aracaju vem auxiliar na aprendizagem dos alunos. As disciplinas centram nos temas que promove cidadania em que aprende valorizar e respeitar ao próximo, além do que na sala de aula são mais participativos. O Laborarte foi fundado em 2007, desde criação do projeto “Escola Parque de Artes, Cultura e Cidadania”, que proporcionar a cidadania e a cultura por intermédio das aulas de artes. Conforme no site da Prefeitura Municipal Aracaju (2012) que

[...] o objetivo de contribuir para o desenvolvimento intelectual dos estudantes e fomentar a realização de ações direcionadas à Arte e Cultura dentro das unidades escolares, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) desenvolve o projeto Laborarte na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor José Antônio da Costa Melo, localizada no bairro Getúlio Vargas. Dentre as várias atividades do projeto, estão as oficinas práticas de teatro, dança e desenho. (autor, 2012,n. p.)

Os oficineiros aplicam atividades que correspondem às aulas do ensino regular, assim os educandos tem facilidade de aprender, pois, as oficinas reforçam de forma que estimulam as crianças a pensar e a refletir sobre a sua realidade.  O educador é o facilitador do conhecimento e o educando é o transformador desse conhecimento em ação. Verifica a seguir na fala da coordenadora pedagógica Emf. Prof° José Antônio Costa Melo retirado site da prefeitura de Aracaju (ano)

Conceição Xavier, diz que está satisfeita com as melhorias trazidas pelo projeto. "Acompanhando os trabalhos percebo a evolução de todos os alunos. Depois que iniciaram as atividades, eles deixaram de frequentar as ruas para estar dentro da escola praticando atividades de arte e cultura", destacou a professora ao falar também sobre as pinturas expostas na escola que foram produzidas pelos alunos. (op. cit., n. p.)

Percebe-se que todas as áreas artísticas tem uma função diante do comportamento e perante a comunidade escolas e a sociedade. Por exemplo, oficina de capoeira, oficina arte e oficina de teatro tem o compromisso de fiscalizar as frequências e as notas dos alunos, porque a preocupação para que os alunos não dispersem a atenção apenas para as oficinas. E sim que possam frequentar ambos sem quer prejudique os estudos. Na oficina de capoeira demonstram os princípios da convivência e a responsabilidade, ou seja, os alunos devem evitar conflitos com os companheiros e ser prestativo, perante a sociedade. Eles também devem ter compromisso em questão de horário, chegar na hora marcada e cumprir com seus deveres. Dessa forma, os educandos começam a criar hábitos saudáveis. Por exemplo, na escola chegam na hora determinada pela instituição de ensino e fazem as atividades escolares.
Enquanto, na oficina de teatro não é diferente das demais oficinas, procuro desenvolver nos alunos a capacidade de interpretar seus conhecimentos através de cenas cotidianas. São atos que representam conscientização dos valores familiares, do meio ambiente, no convívio com seus pais e no convívio na escola com os seus professores e colegas de turma na escola. Entre outros temas, o professor faz contextualização mostrando a importância do ensino da arte na vida do estudante. O depoimento da coordenadora do projeto laborarte Helenízia Cardoso diz

de acordo com a coordenação do projeto, existem planos para que a iniciativa se espalhe e desenvolva projetos de arte em centros que promovam atividades para escolas de outras regiões. "A imensa satisfação com os resultados obtidos aponta a necessidade de abertura de novas turmas para mais unidades de ensino. Este trabalho extracurricular é inovador e faz com que todos os alunos se expressem com liberdade", declarou a coordenadora do projeto. (op. cit., n.p.)

A coordenadora do Laborarte está satisfeita com o rendimento cultural e artístico dos alunos em sala de aula. E diz que tem o objetivo de expandir para outras escolas da rede municipal de ensino de Aracaju, o projeto laborarte. Pois as aulas extracurriculares são  transformadoras e estimuladoras, atraindo cada dia mais o educando para o estudo teórico e pratico da arte.


2.1. Laboratório de Cidadania para Criança e Jovens


O Projeto Laborarte vem promovendo a cidadania através da arte, isto é, os alunos expressão seus sentimentos por meio artísticos. Os organizadores desse projeto tem o intuito de implantar nas escolas municipais. Isto promove a inclusão das crianças e dos jovens nas salas de aula, assim retirando-a das ruas ou de trabalho infantil para se dedicarem mais aos estudos.
O projeto procura incluir as crianças e os adolescentes nas atividades oferecidas de acordo com aptidão de cada aluno, dessa forma o arte-educador, verificará e motivará nas atividades. Além de explicar as técnicas artísticas e práticas da produção da arte, trabalhando também a parte social.
Todos os cursos do Laborarte é uma junção de arte com cidadania, em que o aluno fará produções artísticas e ao mesmo tempo educando para ser cidadão autônomo. Atualmente, a gestão escolar é democrática, onde todos participam o projeto mesmo sendo uma extensão da escola que desenvolve a mesma diretriz de ensino, formando um cidadão autônomo. O projeto Laborarte não desvia dessa linha em que a criança forma sua própria opinião e questiona o que vem acontecendo ao seu redor. Mostrando para essas crianças e adolescentes os seus deveres e direitos diante da sociedade em que vivem.
As aulas de artes planejada pelos arte-educadores visa despertar nas crianças e adolescentes atendidas pelo projeto. A percepção de “mundo” a atenção aos fatos ao seu redor, por exemplo, na sala de aula o professor explicará todo o processo da droga quando ingerir, além das causas e consequências perante a sociedade. Quando o arte-educador for trabalhar esse tema, aqueles alunos que apreenderam o assunto logo vão recordar da explicação do professor.  
Para isso acontecer à equipe de arte-educadores do projeto devem se reunir e discute o tema a ser abordado no minicurso. Sempre devem abordar assuntos relacionados à realidade dessas crianças e adolescentes. As aulas extracurriculares são realizadas em turno diferente das aulas regulares que os alunos frequentam. Eles vão duas vezes por semana para atividades do projeto. Antes do término do semestre os arte-educadores organizam um evento, onde são expostas todas as atividades dos estudantes no decorrer do ano. As suas produções são organizadas e exibidas na Semed (Secretaria Municipal de Educação), na própria escola dos alunos que participam do projeto, no Mercado Thales Ferraz e na Orla. Essa solenidade é importante para os educandos, pois é uma socialização do aprendiz com a comunidade.
Na verdade, esse desenvolvimento social inicia dentro das oficinas de desenho e pintura, modelagem, capoeira, teatro e dança em que o arte-educador incentiva os alunos a ser mais cooperativo uns com os outros e respeitando o limite de cada um. A dança nos parâmetros curriculares (2001) diz que

Um dos objetivos educacionais da dança é a compreensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano.
Esses conhecimentos devem ser articulados com a percepção do espaço, peso e tempo. A dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. A dança é também uma fonte de comunicação e de criação informada nas culturas. Como atividades lúdicas e dança permite a experimentação e a criação, no exercício da espontaneidade. Contribui também para o desenvolvimento da criança no que se refere á consciência à construção de sua imagem corporal, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social. (BRASIL, 2001, p. 68)

A citação acima se refere às aulas de dança na formação do aluno como aprendiz e também cidadão, ou seja, o aluno aprenderá a se expressar com corpo de tal forma seu sentimento possa sentido pelo público além de que aprende cooperação e companheirismo.


Figura1: oficina de dança
Fonte: http://novo.swapi.com.br/imagem.php?act=popUp&id=57981&largura=200&altura=132

Esta imagem foi ensaio da turma de 2008, orientado pela professora Renata Carvalho, pois as aulas têm embasamento dos conceitos do clássico até o popular, por exemplo, ballet, dança moderna, dança contemporânea, samba, axé e regionais. Neste mesmo ano no encerramento foram apresentadas diversas coreografias até uma típica do Maranhão conhecida como Fofão. De acordo com recorte sobre a oficina de dança n o site da prefeitura de Aracaju,

A professora de dança Renata Carvalho, que há mais de um ano é a responsável pela oficina de dança falou que o processo é de superação e que está trazendo inúmeros benefícios a quem está praticando. "Há melhoria na disciplina e a seriedade com que encaram as aulas. Essa também é uma oportunidade única de proporcionar a elas novos conhecimentos culturais", [...]. (ARACAJU, 2008, n. p.)

Por isso que a aula extracurricular tem uma função importante na aprendizagem da criança e do adolescente, por meio dela que eles começam ter o senso de responsabilidade e compromisso com as atividades, isto ocorre nas outras oficinas.
Na oficina de Desenho e pintura, o arte-educador faz um molde na lousa e os educando tentam reproduzir na folha A4, por meio da reprodução o professor explica a importância de preservar a natureza de acordo com contexto histórico da criança. A preocupação do projeto é auxiliar na educação tanto no social como também ecológica.
Após, a explicação do arte-educador inicia a aula propriamente dita de arte, os alunos aprenderam  a observar e reproduzir de tal forma a imagem, que desenham quase igual a figura original, em seguida a pintura será apresentada para eles de um jeito que possa entender as cores primária e a mistura delas.
Dessa forma arte visual como aula extracurricular também auxiliará na formação do aluno como individual e cidadão autônomo, isto é, ele contribuirá na preservação e na conservação do ambiente onde vivi e da natureza como representa uma pequena parte do coletivo que exercer a cidadania conforme direitos e deveres. A arte visual não é apenas “rabisco na folha” daqueles que não entende que é arte, mas sim um olhar para despertar em sua volta.
O projeto Laborarte compreende que a união das artes e da cidadania sempre estará interligada, pois as crianças e os adolescentes aprenderam ser cidadão autônomo com visão critica que lhe apresentado, em busca de defender seus direitos. Pode-se ver na oficina de arte visual que os alunos são estimulando para ter critério ao analisar uma obra.

A educação em artes visuais requer trabalho continuamente informado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos materiais, às técnicas e às formas visuais de diversos momentos da história, inclusive contemporâneos. Para tanto, a escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. (ARACAJU, ano, n. p.)

Da mesma forma acontece no projeto Laborarte, os educadores instruem os educandos a se informarem mais sobre a arte que decidiram a prática, não é apenas ir à sala de aula e produzir, mas sim conhecer o histórico, as técnicas e a importância de aprender. Através do projeto os alunos passarão a ter uma visão critica sobre o mundo e até mesmo com própria arte.
A produção dos alunos é uma reflexão o que desenvolvido em sala de aula, eles expressão nas artes dos seus conhecimentos que adquiriu durante as aulas ou mesmo daquilo que poderia ser para eles, embora os professores apresentem um molde para copiar.

Figura 2: oficina de Desenho e Pintura
Fonte: http://aju.se.gov.br/imagem.php?act=popUp&id=102286&largura=200&altura=133

Percebe-se na figura 2, alunos pintura a paisagem rural e urbana, na primeira pode-se identifica pelas árvores, rios, montanhas e na segunda pelos edifícios, rua e entre outras características. Foram às pinturas na área do campo as cores são mais leves e na cidade são escuras. Imagina que as pessoas que mora na zona rural tem uma vida mais saudável do que vivi na zona urbana. Estes desenhos foram expostos na a E.M.E.F. Profº José Antônio Costa Melo (Escola Municipal do Ensino Fundamental Profº José Antônio Costa Melo) em 2012. Foi um modelo exibido pelo educador, mas o discurso em sala de aula divergente cada um deve sua opinião.
Soma-se a isto arte cênica é uma das artes mais completa, visto que explora todos os campos possíveis do aluno, como a noção de espaço, corporal e entre outros. O professor será responsável em escolher dinâmicas para explorar a capacidade do aluno. Libéria Rodrigues e Ana Lydia (2010) afirmam que

Entre as artes, o teatro é, por excelência, a que exige a presença da pessoa da forma completa: o corpo, a fala, o raciocínio e a emoção. O teatro tem como fundamento a experiência de vida: ideias, conhecimentos e sentimentos ( os aspectos cognitivos e subjetivos). Sua ação consiste na ordenação desses conteúdos individuais e grupais e seu ensino ou exercício se faz através da encenação, da contemplação e da vivência dos jogos teatrais. Encontra-se em muitos autores a exploração acerca da gênese da atividade teatral na natureza humana. (NEVES & SANTIAGO, 2010, p. 14)


Figura 3: Oficina de Teatro
                   Fonte; https://www.facebook.com/ProjetoLaborarteSemedAju/photos

As atoras mencionam que o teatro é arte que envolve o indivíduo por completo, ou seja, o aluno deverá ter postura do corpo e da fala, expressar os sentimentos e ser perspicácia nos seus atos. Constatam na figura 3, os alunos da EMEF João Teles de Meneses (Escola Municipal do Ensino Fundamental João Teles de Meneses), orientado pelo professor Francis Oliveira. Ensaiando para uma apresentação de encerramento do curso de teatro. Eles transmitem uma reação de insatisfação através do gesto corporal, se observar os rostos dos adolescentes cada um revela uma emoção.
No Teatro de Bonecos consideram que os autores manipulam as marionetes dando vida por meio do manuseio das mãos e das vozes, mesmo por trás das cortinas são eles que conduzem fantoches que expressão seus sentimentos da mesma dos personagens vivos. Verifique na figura 4 na encenação do Teatro de Bonecos onde há um personagem vivo dialogando com o fantoche, está dinâmica consegui transmitir a mensagem sem se quer em nenhum momento chega a desviar do assunto.
Além dos aprendizes da oficina e da plateia ficaram fascinados com apresentação, para isso ser realizado foi preciso empenho e disciplina dos alunos, por isso a arte tem um papel fundamental na aprendizagem da criança e do adolescente.


Figura 4: Oficina de Teatro
Fonte: www.facebook.com/ProjetoLaborarteSemedAju/photos/a.

O professor da oficina de teatro procura orientar seus alunos para toda circunstância da vida, abordando diversos temas em roda discussão e mostrando a realidade das causa e consequência de atos imprudente, como um cidadão alcoolizado no pode dirigir porque pode causar um acidente. Onde ele pode ser a própria vítima ou responder diante da polícia. São assuntos ligados a essas crianças e adolescente em uma linguagem acessível.
Portanto, as oficinas do projeto Laborarte promove a cidadania através das suas aulas de artes, onde os alunos além de aprender se tornam críticos em busca dos seus direitos e deveres, ou seja, um aluno autônomo que procura ser mais participativo em sala de aula. Pois aulas extracurriculares são motivações para aprendizagem.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando-se em consideração esses aspectos é relevante a implantação do Projeto Laborarte na rede das escolas públicas para incentivar a cidadania e na instituição de ensino regular diminuindo assim a evasão escolar, a aula extracurricular impulsiona os educandos a participar mais das aulas.  Há uma divisão de entre pais ou responsáveis em questão sobre as aulas de artes.
O lado negativo, alguns pais ou responsáveis de baixa renda ainda tem certo preconceito com as artes, ou seja, eles têm um juízo preconcebido de que arte é só para classe mais favorecida da sociedade. Pelo outro lado, outros pensam diferentes, por exemplo, os filhos devem sair da zona de conforto, isto é, preencher as lacunas algo produtivo, no caso com Projeto Laborarte que oferecerá uma aprendizagem além da socialização com outras crianças e adolescentes. Conforme Paula Buchalla e  Chan (2014) “[...]Um estudo feito pela Sociedade para Pesquisa do Desenvolvimento da Criança, nos Estados Unidos, mostrou que enquanto 40% dos meninos e meninas entre 5 e 18 anos não tinham nenhuma atividade fora da escola, entre 3% e 6%, gastavam vinte horas por semana em cursos e aulas antes ou depois do horário escolar.”
Nas escolas que o projeto Laborarte desenvolveu as atividades das oficinas puderam perceber que as crianças e os adolescentes passaram a frequentar mais as aulas e o rendimento melhorou. Por isso, que há uma ânsia de ampliar o Laborarte nas instituições de ensino da rede pública, porque se o 
projeto fosse desenvolvido em outras escolas ajudaria na aprendizagem e sociabilização dos alunos.
As oficinas promoverão um crescimento pessoal para alunos, por exemplo, para elevar cada vez mais a autoestima dos alunos. Deixando os alunos cada dia mais confiantes na realização das suas metas. Seus olhares serão mais críticos para qualquer tipo de informação, não importa que tipo de linguagem apresente. Para Vigostski (2010, p. 23) “o papel da linguagem na percepção é surpreendente, dadas as tendências opostas implícitas na natureza dos processos de percepção visual de linguagem.”. Desse modo o aluno ampliará sua visão para mais oculta mensagem ser transmita pela arte. O arte-educador  despertará na criança e no adolescente um cidadão crítico, em que questionará tudo em sua volta. Essas aulas extracurriculares promovidas pelo Projeto Laborarte pode ser considerada pelas instituições de ensino da rede pública como um auxilio na aprendizagem dos alunos.

domingo, 27 de outubro de 2013

BREVE HISTÓRICO DO GRUPO DE TEATRO SERGIPANO IMBUAÇA.


O Imbuaça surgiu a partir de uma série de oficinas realizadas em Aracaju com o patrocínio do  SNT – Serviço Nacional de Teatro e Secretaria de Estado da Educação. Três professores vieram de Recife - PE para ministrar as aulas de teatro. 


   Grupo Imbuaça- Teatro Chamado Cordel
Fonte: http://www.imbuaca.com.br

[...] Gilson Oliveira, José Francisco e Lúcio Lombarde desembarcaram em Aracaju, com o patrocínio do Serviço Nacional de Teatro e da Secretaria de Estado da Educação (período que ainda não havia Ministério da Cultura no país, bem como instituições culturais nas esferas estadual e municipal, mas se produzia muito). Após a conclusão das oficinas, trinta e seis jovens resolveram criar um grupo de teatro e o primeiro passo foi estudar a conjuntura política. Essa ação está relacionada ao Movimento Estudantil, já que alguns atores estudavam na Universidade Federal de Sergipe e participavam do  ME. O segundo passo foi conhecer as manifestações populares e alguns dramaturgos nordestinos. O primeiro texto estudado foi “João Farrapo”, do potiguar Meira Pires, e o objetivo era a sua montagem. Nesse período acontecia o VI Festival de Arte de São Cristóvão, que tinha na sua programação a presença do Teatro Livre da Bahia, com o espetáculo de teatro de rua “Felismina engole brasa”. O impacto foi tão grande que todos decidiram seguir o mesmo caminho. (FILHO. 2010. p. 2)

No início o grupo chamava de “Aspectrus”. Dos trinta e seis participantes do grupo apenas permaneceram: Francisco Carlos, Pierre Feitosa, Maria das Dores, Maurelina Santos, Antonio Amaral, José Amaral, Cícero Alberto, Virgínia Lúcia, Gilma de Oliveira e Joseilma de Oliveira. Um ano  depois, montaram a primeira peça “O Matuto com Balaio de Maxixe” e apresentaram na praça D. José Thomaz no bairro Siqueira Campos, Aracaju – SE. Nesse mesmo ano em  homenagem ao embolador Mané Imbuaça, o nome  Aspektrus é suprimido.Conforme autor (ano, p.), “surge o Grupo Teatral Imbuaça em 28 de agosto de 1978. Nesse mesmo ano participa do FASC – Festival de Arte de São Cristóvão/SE. Nesse período, Lindolfo Amaral já  integra-se à trupe participando da montagem do espetáculo: “Teatro Chamado Cordel”, até dois mil e dois o Grupo Imbuaça participou todos os anos.

Na década de 80, o grupo apresenta várias peças: começou no ano de 1980 participa de grandes eventos nacionais. Ano depois montam vários trabalhos, só em 1982 que se destaca a peça “A Gaiola”, o grupo participa de eventos nacionais.

1986/1987 - O Imbuaça vai ao exterior pela primeira vez - Festival de Teatro e Expressão Ibérica – Porto/Portugal. Monta “Velha Roupa Colorida”, com o objetivo de levar às ruas uma discussão sobre a Constituição Brasileira.

1989 – Mariano Antônio e Valdice Teles fazem a direção de “Nu e Noturno”. Dramaturgia concebida a partir de textos de poetas sergipanos. (GRUPO IMBUAÇA, s.d., n.p.)

No ano de 1990, o grupo participou no Equador do Festival Internacional de Teatro e apresentou-se  nas cidades de  Portoviejo, Manta, Guyiaquil e Quito.

Em 1991 o grupo invade  um prédio abandonado onde havia funcionado a  Escola Municipal Abdias Bezerra, localizado no bairro Santo Antônio que até hoje é sede do grupo através de um contrato de comodato entre o grupo e  a Prefeitura Municipal de Aracaju.

Em 1992, Clotilde Tavares, a partir de criações do grupo, faz a dramaturgia e João Marcelino a direção da peça “A Farsa dos Opostos”.

Em  1993 o grupo apresentou-se em festivais nacionais e no ano de 1994  foi a Portugal  com o Projeto Cumplicidade onde fez as cidade de Porto,  Bragança, Alijustrel, Amarante, Valongo, Castro Verde, Mertola e  Tondela. 

Em 1995, o ator e diretor Mariano Antônio morre  de acidente automobilístico. Nesse  mesmo ano o grupo monta “Chico Rei”, texto de Walmir Ayala e direção de João Marcelino e “Mulheres de Eurípedes”, direção de Lindolfo Amaral e Valdice Teles. No Festival Internacional de Teatro de Londrina em 1996, o grupo apresentou “A Farsa dos Opostos”. Em 1997  João Marcelino dirige a peça “O Auto da Barca do Inferno”.


     Grupo Imbuaça - “O Auto da Barca do Inferno”.   
Fonte: http://www.imbuaca.com.br

O Imbuaça executou um Oficina de Teatro de Rua e “A Farsa dos Oposto” foi exibida na Escola Internacional da América Latina, ambos realiados no ano de 1998.

1999 – Primeira montagem  teatral feita no Brasil  sobre a vida e obra do artista sergipano Artur Bispo do Rosário. O espetáculo “Senhor dos Labirintos” encanta o país. Com dramaturgia do paranaense Mauricio Arruda Mendonça e direção de João Marcelino. Os críticos cariocas reverenciaram a peça durante a temporada realizada no mês de junho no Teatro Nelson Rodrigues. O grupo participa na cidade de São Paulo da montagem de “Além da Linha D’água” com as participações de Marília Pêra, Quinteto Violado, Grupo de Aboiadores de Serrita/PE e Grupos do Movimento da Quixabeira/BA – Direção de Ivaldo Bertazzo.

2000 – Começa um trabalho social através da arte com crianças do bairro Santo Antônio - teatro, música, dança, e muita brincadeira.

2002 - Participação em festivais, remontagem do espetáculo “Antônio Meu Santo” com a direção de Lindolfo Amaral. O grupo celebra os seus 25 anos com a realização de um Seminário sobre Teatro de Rua no Brasil com as participações de: Amir Haddad/RJ, IloKrugli/SP, Paulo Flores e Tânia/RS, Nelson Brito/MA, Waneska Pimentel/AL, Fernando Peixoto/SP, Márcio Meireles/BA, Fernando Augusto/PE, dentre outros. Nasce o Projeto Mané Preto, patrocinado pelo BNDES, oferecendo oficinas de teatro, música e dança para crianças e adolescentes do bairro e arredores.

2003 - Montagem de “A Dança dos Santos” - texto e direção de Valdice Teles e participação dos atores convidados Pierre Feitosa e Isaac Galvão.

2004 – Montagem de “Desvalidos” - dramaturgia concebida por Ivan Cabral inspirada na obra do escritor sergipano Francisco Dantas com direção do paulista Rodolfo Garcia Vasquez. Embarca no projeto Caravana FUNARTE de Teatro/NE - Fortaleza, Guaramiranga/CE; São Luís/MA e Riachão do Dantas/SE.

2005 – Falece a atriz Valdice Teles. Implantação do Ponto de Cultura “Nosso Palco é a Rua” com o patrocínio do Ministério da Cultura - projeto de formação técnica em teatro para 40 adolescentes. Ingressam oficialmente no grupo Iradilson Bispo e Manoel Cerqueira.

2006 - Pequenas participações em eventos e rearrumação da casa. Montagem “Natal na floresta dos ursinhos”- texto de Lindolfo Amaral e Manoel Cerqueira, direção de Tetê Nahas, cenário e figurino de Iradilson Bispo, produção de Isabel Santos. Elenco: alunos do Ponto de Cultura “Nosso Palco é a Rua” e as participações de Luciano Lima e Rita Maia.

2007 - Montagem do auto natalino “Tá Caindo Fulô” com alunos dos projetos sociais, texto e direção de Iradilson Bispo.  Montagem do primeiro espetáculo infantil do grupo, “O Palhaço e a Bailarina”, da obra dos escritores Antônio Carlos Viana e Sônia Maria Machado.

2008 - Os alunos continuam em cena com “Comadre Caetana”, dirigido por Lindolfo Amaral, “O Martelo de Deus”, “A Hora da Estrela” e a remontagem do auto natalino “Tá Caindo Fulô”, com direção de Iradilson Bispo. Realização da Mostra Brasil de Teatro de Rua com as participações de grupos sergipanos: Boca de Cena, StultiferaNavis, Imagem, Mamulengo de Cheiroso, São Gonçalo, Reisado do Marimbondo e de outros Estados: Alegria, Alegria/RN, Joana Gajuru/AL, Ta na Rua/RJ, Teatro que Roda/GO, Falos e Stercus/RS. (ibidem, s. d., n. p.)


            
       Grupo Imbuaça- Senhor do Labirinto 



Em 2009, Rivaldino Santos e Lizete Feitosa fizeram uma participação na remontagem de “Senhor dos Labirintos”, dirigido por Lindolfo Amaral.

Em 2009 Iradilson Bispo dirige “O Mundo Tá Virado. Tá que vai ou não vai. Uma banda pendurada a outra em breve cai”.


 Grupo Imbuaça- A Grande Serpente
  Fonte: http://www.imbuaca.com.br 


2010 – Montagem de “A Grande Serpente” do potiguar Racine Santos com direção de João Marcelino.

2011 – Participação no projeto do SESC/ Palco Giratório - o grupo faz 71 apresentações em 16 Estados brasileiros e o Distrito Federal com os espetáculos “Teatro Chamado Cordel”, “A Grande Serpente” e  “O mundo tá virado...”

2012 - Imbuaça 35 anos. Remontagem, através do Prêmio Artes de Rua- MINC/FUNARTE, de “A Farsa dos Opostos”. Texto de Clotilde Tavares,  direção João Marcelino.

2013- O grupo é contemplado com o prêmio Funarte de Tetro, Myriam Muniz, para circulação e montagem de espetáculos


                                      Grupo Imbuaça- A Farsa dos Opostos
                                                     Fonte: http://www.imbuaca.com.br 

2013 – O grupo viaja para São Paulo com “A Farsa dos Opostos” e participa do Circuito Cultural Paulista  e Virada Cultural 2013.  (ibidem, s. d., n. p.) Participa do 9º  Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória e pela primeira vez apresenta-se no TOBIARTE-SE.


2013- A atriz Izabel Santos, uma das fundadoras do grupo imbuaça, deixa o grupo depois de 33 anos de atividades no grupo.

                                           Grupo Imbuaça-  Isabel Santos, Atriz e produtora 
                                                   Fonte: http://www.imbuaca.com.br


2014- Apresenta o espetáculo a Grande Serpente, circulação nordeste, com a direção teatral de João Marcelino. Percorrendo os Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Hoje o grupo Imbuaça está com  três espetáculos em seu repertório: A Grande Serpente, A Farsa dos Opostos e o Mundo Tá Virado. Continua ministrando aulas de teatro as terças e quintas em sua sede e conta com uma equipe de 12 pessoas  para realização dos seus espetáculos.



Revisão Geral do Artigo:  Isabel Santos Atriz, Produtora e ex-integrante do grupo Imbuaça.

  Isabel Santos: Atriz/ Produtora
    (55-79) 8817-4251/ 9152-5230
     http://www.spescoladeteatro.org.br/enciclopedia/index.php/Isabel_Santos
     https://www.facebook.com/AtrizIsabelSantos?ref=hl
                              http://facebook.com/isabel9santos

RIVALDINO SANTOS ARTE-EDUCADOR.



PROJETO LABORARTE DA SEMED-AJU: CONTRIBUINDO NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE ARACAJU, ATRAVÉS DO ENSINO DA ARTE.





RESUMO

Este artigo tem como objeto de estudo tratar sobre o Projeto Laborarte como proposta de aula-extracurricular de artes. Dessa forma, se faz necessário a implantação de oficinas de arte que atendam as necessidades de alunos da rede pública de ensino de Aracaju-SE. Como atividade extracurricular, dentro desta perspectiva o trabalho promove o projeto laborarte nas instituições públicas de ensino do município de Aracaju. E certifica que as atividades do Laborarte contribuem sim, para formação de um cidadão autônomo através do ensino das artes cênicas. A pesquisa foi realizada com referência bibliográfica e por meio estudo de caso.


Palavras-chave: Laborarte, Projeto.

ABSTRACT


This article focuses on the study comes Laborarte Project as proposed class-extracurricular arts. Thus, the deployment of art workshops that meet the needs of students in public schools as extracurricular activity is necessary. Within this perspective work laborarte project promotes public educational institution in the city of Aracaju and ensure that the activities of Laborarte contribute to formation of an autonomous citizen through the performing arts. The survey was conducted with bibliographical references and through case study.


Keywords: Laborarte, Project.



1. INTRODUÇÃO


Este artigo tem como objeto de estudo o Projeto Laborarte de Aracaju-SE, que forma cidadão através da arte, ou seja, o projeto promove cidadania com os alunos da rede municipal de ensino de Aracaju. As escolas atualmente tem uma gestão democrática em que todos participam da formação dos estudantes, denomina-se uma gestão democrática. Conforme  CURY (2002,  p. 165) “A gestão, dentro de tais parâmetros, é a geração de um novo modo de administrar uma realidade e é, em si mesma, democrática já que se traduz pela comunicação, pelo envolvimento coletivo e pelo diálogo.”
Ao passo que O Projeto Laborarte apresenta o resultado das oficinas de arte, percebe a necessidade de implantar nas instituições de ensino como uma atividade extracurricular, pois estas atividades ajudaram na construção de cidadão autônomo. Desse modo abre diversas possibilidades de crescimento pessoal que poderão ser realizadas em decorrência das práticas desenvolvidas num projeto de artes.
O propósito trabalho é analisar o Projeto Laborarte como aula extra curricular de artes que será subsidio para formação da cidadania dos alunos da rede municipal de Aracaju, com isso pretendo divulgar o projeto nas escolas da rede municipal de ensino da Aracaju. Dentro desta perspectiva podem-se verificar as atividades promovidas pelo Projeto Laborarte como construção de aluno autônomo e desenvolver trabalhos artísticos como forma de expressão pessoal. De acordo com os parâmetros

A arte é um modo privilegiado de conhecimento e aproximação entre indivíduos de culturas distintas, pois favorece o reconhecimento de semelhanças e diferenças expressas nos produtos artísticos e concepções estáticas,num plano que vai além do discurso verbal: uma criança da cidade, ao observar uma dança indígena, estabelece um contato com o índio que pode revelar mais sobre o valor e a extensão de seu universo do que uma explanação sobre a função do rito nas comunidades indígenas. E vice-versa. (BRASIL, ano, p. 45)


Recomenda-se este artigo para os profissionais da área artística e educacional, embora seja importante que todos que têm objetivo de educar possam ter acesso a esta leitura para contribuir na preparação das aulas ou na própria formação acadêmica.
O artigo está dividido em três partes: na primeira relatará breve histórico do Projeto Laborarte, enquanto no segundo o projeto como laboratório da cidadania e por último o resultado das oficinas de artes como expressão pessoal. Esta pesquisa foi realizada por meio de referência bibliográfica (site, livros,...) e as próprias oficinas de artes.


2. BREVE HISTÓRICO DO PROJETO LABORARTE

O Projeto Laborarte para escolas públicas municipais de Aracaju vem auxiliar na aprendizagem dos alunos. As disciplinas centram nos temas que promove cidadania em que aprende valorizar e respeitar ao próximo, além do que na sala de aula são mais participativos. O Laborarte foi fundado em 2007, desde criação do projeto “Escola Parque de Artes, Cultura e Cidadania”, que proporcionar a cidadania e a cultura por intermédio das aulas de artes. Conforme no site da Prefeitura Municipal Aracaju (2012) que

[...] o objetivo de contribuir para o desenvolvimento intelectual dos estudantes e fomentar a realização de ações direcionadas à Arte e Cultura dentro das unidades escolares, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) desenvolve o projeto Laborarte na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor José Antônio da Costa Melo, localizada no bairro Getúlio Vargas. Dentre as várias atividades do projeto, estão as oficinas práticas de teatro, dança e desenho. (autor, 2012,n. p.)

Os oficineiros aplicam atividades que correspondem às aulas do ensino regular, assim os educandos tem facilidade de aprender, pois, as oficinas reforçam de forma que estimulam as crianças a pensar e a refletir sobre a sua realidade.  O educador é o facilitador do conhecimento e o educando é o transformador desse conhecimento em ação. Verifica a seguir na fala da coordenadora pedagógica Emf. Prof° José Antônio Costa Melo retirado site da prefeitura de Aracaju (ano)

Conceição Xavier, diz que está satisfeita com as melhorias trazidas pelo projeto. "Acompanhando os trabalhos percebo a evolução de todos os alunos. Depois que iniciaram as atividades, eles deixaram de frequentar as ruas para estar dentro da escola praticando atividades de arte e cultura", destacou a professora ao falar também sobre as pinturas expostas na escola que foram produzidas pelos alunos. (op. cit., n. p.)

Percebe-se que todas as áreas artísticas tem uma função diante do comportamento e perante a comunidade escolas e a sociedade. Por exemplo, oficina de capoeira, oficina arte e oficina de teatro tem o compromisso de fiscalizar as frequências e as notas dos alunos, porque a preocupação para que os alunos não dispersem a atenção apenas para as oficinas. E sim que possam frequentar ambos sem quer prejudique os estudos. Na oficina de capoeira demonstram os princípios da convivência e a responsabilidade, ou seja, os alunos devem evitar conflitos com os companheiros e ser prestativo, perante a sociedade. Eles também devem ter compromisso em questão de horário, chegar na hora marcada e cumprir com seus deveres. Dessa forma, os educandos começam a criar hábitos saudáveis. Por exemplo, na escola chegam na hora determinada pela instituição de ensino e fazem as atividades escolares.
Enquanto, na oficina de teatro não é diferente das demais oficinas, procuro desenvolver nos alunos a capacidade de interpretar seus conhecimentos através de cenas cotidianas. São atos que representam conscientização dos valores familiares, do meio ambiente, no convívio com seus pais e no convívio na escola com os seus professores e colegas de turma na escola. Entre outros temas, o professor faz contextualização mostrando a importância do ensino da arte na vida do estudante. O depoimento da coordenadora do projeto laborarte Helenízia Cardoso diz

de acordo com a coordenação do projeto, existem planos para que a iniciativa se espalhe e desenvolva projetos de arte em centros que promovam atividades para escolas de outras regiões. "A imensa satisfação com os resultados obtidos aponta a necessidade de abertura de novas turmas para mais unidades de ensino. Este trabalho extracurricular é inovador e faz com que todos os alunos se expressem com liberdade", declarou a coordenadora do projeto. (op. cit., n.p.)

A coordenadora do Laborarte está satisfeita com o rendimento cultural e artístico dos alunos em sala de aula. E diz que tem o objetivo de expandir para outras escolas da rede municipal de ensino de Aracaju, o projeto laborarte. Pois as aulas extracurriculares são  transformadoras e estimuladoras, atraindo cada dia mais o educando para o estudo teórico e pratico da arte.


2.1. Laboratório de Cidadania para Criança e Jovens


O Projeto Laborarte vem promovendo a cidadania através da arte, isto é, os alunos expressão seus sentimentos por meio artísticos. Os organizadores desse projeto tem o intuito de implantar nas escolas municipais. Isto promove a inclusão das crianças e dos jovens nas salas de aula, assim retirando-a das ruas ou de trabalho infantil para se dedicarem mais aos estudos.
O projeto procura incluir as crianças e os adolescentes nas atividades oferecidas de acordo com aptidão de cada aluno, dessa forma o arte-educador, verificará e motivará nas atividades. Além de explicar as técnicas artísticas e práticas da produção da arte, trabalhando também a parte social.
Todos os cursos do Laborarte é uma junção de arte com cidadania, em que o aluno fará produções artísticas e ao mesmo tempo educando para ser cidadão autônomo. Atualmente, a gestão escolar é democrática, onde todos participam o projeto mesmo sendo uma extensão da escola que desenvolve a mesma diretriz de ensino, formando um cidadão autônomo. O projeto Laborarte não desvia dessa linha em que a criança forma sua própria opinião e questiona o que vem acontecendo ao seu redor. Mostrando para essas crianças e adolescentes os seus deveres e direitos diante da sociedade em que vivem.
As aulas de artes planejada pelos arte-educadores visa despertar nas crianças e adolescentes atendidas pelo projeto. A percepção de “mundo” a atenção aos fatos ao seu redor, por exemplo, na sala de aula o professor explicará todo o processo da droga quando ingerir, além das causas e consequências perante a sociedade. Quando o arte-educador for trabalhar esse tema, aqueles alunos que apreenderam o assunto logo vão recordar da explicação do professor.  
Para isso acontecer à equipe de arte-educadores do projeto devem se reunir e discute o tema a ser abordado no minicurso. Sempre devem abordar assuntos relacionados à realidade dessas crianças e adolescentes. As aulas extracurriculares são realizadas em turno diferente das aulas regulares que os alunos frequentam. Eles vão duas vezes por semana para atividades do projeto. Antes do término do semestre os arte-educadores organizam um evento, onde são expostas todas as atividades dos estudantes no decorrer do ano. As suas produções são organizadas e exibidas na Semed (Secretaria Municipal de Educação), na própria escola dos alunos que participam do projeto, no Mercado Thales Ferraz e na Orla. Essa solenidade é importante para os educandos, pois é uma socialização do aprendiz com a comunidade.
Na verdade, esse desenvolvimento social inicia dentro das oficinas de desenho e pintura, modelagem, capoeira, teatro e dança em que o arte-educador incentiva os alunos a ser mais cooperativo uns com os outros e respeitando o limite de cada um. A dança nos parâmetros curriculares (2001) diz que

Um dos objetivos educacionais da dança é a compreensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano.
Esses conhecimentos devem ser articulados com a percepção do espaço, peso e tempo. A dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. A dança é também uma fonte de comunicação e de criação informada nas culturas. Como atividades lúdicas e dança permite a experimentação e a criação, no exercício da espontaneidade. Contribui também para o desenvolvimento da criança no que se refere á consciência à construção de sua imagem corporal, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social. (BRASIL, 2001, p. 68)

A citação acima se refere às aulas de dança na formação do aluno como aprendiz e também cidadão, ou seja, o aluno aprenderá a se expressar com corpo de tal forma seu sentimento possa sentido pelo público além de que aprende cooperação e companheirismo.


Figura1: oficina de dança
Fonte: http://novo.swapi.com.br/imagem.php?act=popUp&id=57981&largura=200&altura=132

Esta imagem foi ensaio da turma de 2008, orientado pela professora Renata Carvalho, pois as aulas têm embasamento dos conceitos do clássico até o popular, por exemplo, ballet, dança moderna, dança contemporânea, samba, axé e regionais. Neste mesmo ano no encerramento foram apresentadas diversas coreografias até uma típica do Maranhão conhecida como Fofão. De acordo com recorte sobre a oficina de dança n o site da prefeitura de Aracaju,

A professora de dança Renata Carvalho, que há mais de um ano é a responsável pela oficina de dança falou que o processo é de superação e que está trazendo inúmeros benefícios a quem está praticando. "Há melhoria na disciplina e a seriedade com que encaram as aulas. Essa também é uma oportunidade única de proporcionar a elas novos conhecimentos culturais", [...]. (ARACAJU, 2008, n. p.)

Por isso que a aula extracurricular tem uma função importante na aprendizagem da criança e do adolescente, por meio dela que eles começam ter o senso de responsabilidade e compromisso com as atividades, isto ocorre nas outras oficinas.
Na oficina de Desenho e pintura, o arte-educador faz um molde na lousa e os educando tentam reproduzir na folha A4, por meio da reprodução o professor explica a importância de preservar a natureza de acordo com contexto histórico da criança. A preocupação do projeto é auxiliar na educação tanto no social como também ecológica.
Após, a explicação do arte-educador inicia a aula propriamente dita de arte, os alunos aprenderam  a observar e reproduzir de tal forma a imagem, que desenham quase igual a figura original, em seguida a pintura será apresentada para eles de um jeito que possa entender as cores primária e a mistura delas.
Dessa forma arte visual como aula extracurricular também auxiliará na formação do aluno como individual e cidadão autônomo, isto é, ele contribuirá na preservação e na conservação do ambiente onde vivi e da natureza como representa uma pequena parte do coletivo que exercer a cidadania conforme direitos e deveres. A arte visual não é apenas “rabisco na folha” daqueles que não entende que é arte, mas sim um olhar para despertar em sua volta.
O projeto Laborarte compreende que a união das artes e da cidadania sempre estará interligada, pois as crianças e os adolescentes aprenderam ser cidadão autônomo com visão critica que lhe apresentado, em busca de defender seus direitos. Pode-se ver na oficina de arte visual que os alunos são estimulando para ter critério ao analisar uma obra.

A educação em artes visuais requer trabalho continuamente informado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos materiais, às técnicas e às formas visuais de diversos momentos da história, inclusive contemporâneos. Para tanto, a escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto amplo de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação sensibilidade, conhecimento e produção artística pessoal e grupal. (ARACAJU, ano, n. p.)

Da mesma forma acontece no projeto Laborarte, os educadores instruem os educandos a se informarem mais sobre a arte que decidiram a prática, não é apenas ir à sala de aula e produzir, mas sim conhecer o histórico, as técnicas e a importância de aprender. Através do projeto os alunos passarão a ter uma visão critica sobre o mundo e até mesmo com própria arte.
A produção dos alunos é uma reflexão o que desenvolvido em sala de aula, eles expressão nas artes dos seus conhecimentos que adquiriu durante as aulas ou mesmo daquilo que poderia ser para eles, embora os professores apresentem um molde para copiar.

Figura 2: oficina de Desenho e Pintura
Fonte: http://aju.se.gov.br/imagem.php?act=popUp&id=102286&largura=200&altura=133

Percebe-se na figura 2, alunos pintura a paisagem rural e urbana, na primeira pode-se identifica pelas árvores, rios, montanhas e na segunda pelos edifícios, rua e entre outras características. Foram às pinturas na área do campo as cores são mais leves e na cidade são escuras. Imagina que as pessoas que mora na zona rural tem uma vida mais saudável do que vivi na zona urbana. Estes desenhos foram expostos na a E.M.E.F. Profº José Antônio Costa Melo (Escola Municipal do Ensino Fundamental Profº José Antônio Costa Melo) em 2012. Foi um modelo exibido pelo educador, mas o discurso em sala de aula divergente cada um deve sua opinião.
Soma-se a isto arte cênica é uma das artes mais completa, visto que explora todos os campos possíveis do aluno, como a noção de espaço, corporal e entre outros. O professor será responsável em escolher dinâmicas para explorar a capacidade do aluno. Libéria Rodrigues e Ana Lydia (2010) afirmam que

Entre as artes, o teatro é, por excelência, a que exige a presença da pessoa da forma completa: o corpo, a fala, o raciocínio e a emoção. O teatro tem como fundamento a experiência de vida: ideias, conhecimentos e sentimentos ( os aspectos cognitivos e subjetivos). Sua ação consiste na ordenação desses conteúdos individuais e grupais e seu ensino ou exercício se faz através da encenação, da contemplação e da vivência dos jogos teatrais. Encontra-se em muitos autores a exploração acerca da gênese da atividade teatral na natureza humana. (NEVES & SANTIAGO, 2010, p. 14)


Figura 3: Oficina de Teatro
                   Fonte; https://www.facebook.com/ProjetoLaborarteSemedAju/photos

As atoras mencionam que o teatro é arte que envolve o indivíduo por completo, ou seja, o aluno deverá ter postura do corpo e da fala, expressar os sentimentos e ser perspicácia nos seus atos. Constatam na figura 3, os alunos da EMEF João Teles de Meneses (Escola Municipal do Ensino Fundamental João Teles de Meneses), orientado pelo professor Francis Oliveira. Ensaiando para uma apresentação de encerramento do curso de teatro. Eles transmitem uma reação de insatisfação através do gesto corporal, se observar os rostos dos adolescentes cada um revela uma emoção.
No Teatro de Bonecos consideram que os autores manipulam as marionetes dando vida por meio do manuseio das mãos e das vozes, mesmo por trás das cortinas são eles que conduzem fantoches que expressão seus sentimentos da mesma dos personagens vivos. Verifique na figura 4 na encenação do Teatro de Bonecos onde há um personagem vivo dialogando com o fantoche, está dinâmica consegui transmitir a mensagem sem se quer em nenhum momento chega a desviar do assunto.
Além dos aprendizes da oficina e da plateia ficaram fascinados com apresentação, para isso ser realizado foi preciso empenho e disciplina dos alunos, por isso a arte tem um papel fundamental na aprendizagem da criança e do adolescente.


Figura 4: Oficina de Teatro
Fonte: www.facebook.com/ProjetoLaborarteSemedAju/photos/a.

O professor da oficina de teatro procura orientar seus alunos para toda circunstância da vida, abordando diversos temas em roda discussão e mostrando a realidade das causa e consequência de atos imprudente, como um cidadão alcoolizado no pode dirigir porque pode causar um acidente. Onde ele pode ser a própria vítima ou responder diante da polícia. São assuntos ligados a essas crianças e adolescente em uma linguagem acessível.
Portanto, as oficinas do projeto Laborarte promove a cidadania através das suas aulas de artes, onde os alunos além de aprender se tornam críticos em busca dos seus direitos e deveres, ou seja, um aluno autônomo que procura ser mais participativo em sala de aula. Pois aulas extracurriculares são motivações para aprendizagem.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando-se em consideração esses aspectos é relevante a implantação do Projeto Laborarte na rede das escolas públicas para incentivar a cidadania e na instituição de ensino regular diminuindo assim a evasão escolar, a aula extracurricular impulsiona os educandos a participar mais das aulas.  Há uma divisão de entre pais ou responsáveis em questão sobre as aulas de artes.
O lado negativo, alguns pais ou responsáveis de baixa renda ainda tem certo preconceito com as artes, ou seja, eles têm um juízo preconcebido de que arte é só para classe mais favorecida da sociedade. Pelo outro lado, outros pensam diferentes, por exemplo, os filhos devem sair da zona de conforto, isto é, preencher as lacunas algo produtivo, no caso com Projeto Laborarte que oferecerá uma aprendizagem além da socialização com outras crianças e adolescentes. Conforme Paula Buchalla e  Chan (2014) “[...]Um estudo feito pela Sociedade para Pesquisa do Desenvolvimento da Criança, nos Estados Unidos, mostrou que enquanto 40% dos meninos e meninas entre 5 e 18 anos não tinham nenhuma atividade fora da escola, entre 3% e 6%, gastavam vinte horas por semana em cursos e aulas antes ou depois do horário escolar.”
Nas escolas que o projeto Laborarte desenvolveu as atividades das oficinas puderam perceber que as crianças e os adolescentes passaram a frequentar mais as aulas e o rendimento melhorou. Por isso, que há uma ânsia de ampliar o Laborarte nas instituições de ensino da rede pública, porque se o projeto fosse desenvolvido em outras escolas ajudaria na aprendizagem e sociabilização dos alunos.
As oficinas promoverão um crescimento pessoal para alunos, por exemplo, para elevar cada vez mais a autoestima dos alunos. Deixando os alunos cada dia mais confiantes na realização das suas metas. Seus olhares serão mais críticos para qualquer tipo de informação, não importa que tipo de linguagem apresente. Para Vigostski (2010, p. 23) “o papel da linguagem na percepção é surpreendente, dadas as tendências opostas implícitas na natureza dos processos de percepção visual de linguagem.”. Desse modo o aluno ampliará sua visão para mais oculta mensagem ser transmita pela arte. O arte-educador  despertará na criança e no adolescente um cidadão crítico, em que questionará tudo em sua volta.

Essas aulas extracurriculares promovidas pelo Projeto Laborarte pode ser considerada pelas instituições de ensino da rede pública como um auxilio na aprendizagem dos alunos.